segunda-feira, 17 de junho de 2013

Postado por Lucas Henrique


Andry Warhol 



Andrew Warhola, assim registrado, mas conhecido depois como Andy Warhol, nasceu na cidade de Pittsburgh, no dia 6 de agosto de 1928. Apesar de nascer nos EUA, seus pais eram migrantes provenientes do norte da Eslováquia. Para evitar ser convocado pelo exército austro-húngaro logo após o término da Primeira Guerra Mundial, Andrei, genitor de Andy, mudou-se para o território norte-americano, posteriormente seguido pela esposa, que em 1921 desembarcou na América.
Durante a infância, Warhol foi acometido por uma enfermidade que atingiu seu sistema nervoso central, provocando no garoto uma reação de extrema timidez. Seus estudos se desenrolaram no Liceu de Schenley, escola na qual ele assistia às aulas de arte, bem como no Museu Carnegie, localizado próximo à instituição onde ele estudava. Mais tarde seus familiares, com um certo sacrifício, custearam-lhe o curso de design no famoso Instituto de Tecnologia Carnegie, atualmente conhecido como Carnegie Melon University. Nesta renomada escola técnica, Andy já exercitava seu estilo polêmico, pois se recusava a aceitar as normas estabelecidas.
Sua permanência neste Instituto foi interrompida pelo final da Segunda Guerra Mundial, pois a Lei de Desmobilização obrigava vários alunos a cederem lugar nas Universidades dos EUA a soldados que agora se encontravam desocupados, em tempos de paz. Mas vários de seus mestres exigiram sua volta, assim foi permitido a ele assistir o Curso de Verão, o que lhe propiciava realizar nova inscrição no outono do ano seguinte. Os projetos por ele executados durante a graduação levaram-no a receber um prêmio concedido por esta instituição, com a conseqüente exposição de seus trabalhos.
Ao concluir o curso ele seguiu para Nova York, logo iniciando sua carreira como ilustrador de veículos significativos da mídia, tais como Vogue, Harper’s Bazaar e The New Yorker, e como produtor de anúncios e displays publicitários para serem exibidos nas vitrines de vários estabelecimentos comerciais. Sua trajetória profissional como artista gráfico, coroada de êxito, iniciou-se neste momento. Ao longo de sua jornada ele conquistou inúmeros prêmios como diretor de Arte do Art Director’s Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Andy realizou sua primeira exposição individual em 1952, na Hugo Galley, com a mostra de quinze desenhos inspirados na produção de Truman Capote, jornalista e ficcionista norte-americano. Estes trabalhos são igualmente exibidos no MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956, quando ele passa a assinar suas obras como Warhol.
Na década de 60, sua trajetória como artista plástico sofre uma reviravolta, pois ele passa a se apropriar das idéias publicitárias em suas criações, valendo-se de tonalidades fortes e tintas acrílicas. Neste mesmo período ele renova o movimento conhecido como pop art, ao gerar mecanicamente inúmeras cópias de seus trabalhos, através de uma técnica denominada serigrafia – processo de reprodução de imagens sobre papel, madeira, vidro, entre outros materiais, o qual utiliza uma moldura com tela de seda ou nylon formado por malhas; a tinta passa através das malhas permeáveis, que correspondem à imagem a ser impressa, permanecendo as restantes impermeáveis à tinta. Ele concretiza essa produção artística com temas extraídos do dia-a-dia, como latas de sopas Campbell, garrafas de Coca-Cola, rostos de ícones da indústria cultural, entre eles os de Marilyn Monroe, Elvis Presley, entre outros. As colagens e a utilização de matéria-prima descartável, geralmente não utilizada pelos artistas plásticos, foram outras técnicas privilegiadas por Andy.
No ano de 1968 ele é vítima de um atentado perpetrado por uma militante do grupo Society for Cutting Up Men – Sociedade para castrar homens -, Valerie Solanis, criadora e única integrante desta entidade. O tiro que o alveja não o conduz à morte e inspira o filme I shot Andy Warhol – Eu atirei em Andy Warhol -, de1996, dirigido por Mary Harron.
Warhol, um dos criadores e principal representante da Pop Art, pintor e cineasta norte-americano, morreu em Nova York, no dia 22 de fevereiro de 1987, após uma cirurgia bem-sucedida da vesícula biliar. Famoso durante 35 anos, ele foi o criador da frase: “No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos”, o que se concretiza na atual cultura de massa, na qual a arte é um mero produto comercial, disseminado através de meios de produção massificados. Ele também criou e financiou a célebre banda The Velvet Underground.

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