quinta-feira, 13 de junho de 2013


Após recorde ruim, países podem reduzir 10% das emissões de CO2 até 2020
Com negociações climáticas acontecendo na Alemanha, o grupo de mudanças climáticas da ONU reiterou que os esforços internacionais para amenizar o fenômeno são insuficientes para cumprir a meta de manter o aquecimento global abaixo de 2 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais. 
Após a divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) que demonstra que, se algo não for feito para lidar com as emissões do setor de energia, a comunidade internacional logo verá um aumento na temperatura entre 3,6 a 5,3 graus Celsius – foi divulgado um comunicado da Convenção do Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) sobre o tema.
Enquanto governantes se reúnem para acertar medidas até 2015, que só serão aplicadas em 2020, pesquisadores da AIE indicam quatro medidas que podem ser adotadas imediatamente. De acordo com o relatório da AIE, "Redesenhando o Mapa de Energia-Clima", as emissões industriais globais de dióxido de carbono em 2012 subiram 1,4%, para um recorde de 31,6 bilhões de toneladas.
Para reduzir as emissões de gás carbônico em até 3,1 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2020 seria preciso implantar energia eficiente de maneira agressiva em prédios, indústrias e no transporte; limitar o uso de estações de energia movidas a carvão; reduzir a emissão de metano na atmosfera; e retirada dos subsídios do consumo de combustíveis fósseis.
Para isto, seria preciso 1,5 trilhão de dólares, mas segundo as contas dos pesquisadores, sem isto, os custos até 2020 serão de 5 trilhões.
"O relatório da AIE chegou em um momento crucial para as negociações de mudanças climáticas e para que os esforços globais possam enfrentar as mudanças climáticas em todos os níveis", disse a secretária-executiva da UNFCCC, Christiana Figueres, em Bonn, onde a convenção está liderando discussões que duram duas semanas – iniciadas no último dia 3 de junho –, sobre questões científicas, tecnológicas e metodológicas relacionadas às mudanças climáticas.
China apresentou o maior crescimento de dióxido de carbono em 300 milhões de toneladas, mas o aumento foi um dos mais baixos em uma década, disse a AIE. Enquanto isso, a produção de carbono dos Estados Unidos caiu em 200 milhões de toneladas em meio a uma mudança do carvão para o gás na geração de energia.
O chefe da agência ambiental da ONU parabenizou a decisão da China e dos Estados Unidos – os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta – ao colaborarem na eliminação gradual da produção de um grupo de produtos sintéticos químicos, a fim de combater as mudanças climáticas. (Com Da Rádio Onu, em Nova York)

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