terça-feira, 4 de junho de 2013

Atualidades- tema livre- Síria

ONU constata evidência de uso de armas químicas na Síria 

BEIRUTE - Um relatório da ONU sobre a Síria divulgado nesta terça-feira mostra pela primeira vez que há "motivos razoáveis" para acreditar que quantidades limitadas de substâncias tóxicas foram usadas ??como armas em pelo menos quatro ataques na guerra civil no país. Segundo as Nações Unidas, no entanto, são necessárias mais provas para determinar quais são as substâncias e quem as utilizou.
Sem acesso ao território sírio, a Comissão de Investigação da ONU afirma em seu relatório que somente se poderá chegar a conclusões definitivas depois de examinar amostras colhidas diretamente das vítimas ou dos locais onde supostamente teriam ocorrido os ataques. E pediu ao governo sírio que permita a entrada de uma equipe de especialistas no país para apurar o caso.
- A Síria está em queda livre - disse o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da comissão de Inquérito que investiga violações aos direitos humanos na Síria. - Crimes que chocam a consciência se tornaram uma realidade diária. A Humanidade é a vítima nessa guerra.
O relatório enviado ao Conselho de Direitos Humanos sobre violações no conflito da Síria acusou os dois lados de cometer crimes de guerra e de novos níveis de brutalidade. Em uma clara mensagem aos países europeus que cogitam enviar armas aos rebeldes sírios, o documento advertiu que as transferências poderiam aumentar ainda mais o risco de violações, levando a mais mortes e danos a civis.
"Há um custo humano para o aumento da disponibilidade de armas", diz o relatório.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, designou uma equipe para investigar as suspeitas de ataques químicos na Síria, depois que o governo de Bashar al-Assad pediu a apuração do possível uso de substâncias tóxicas por rebeldes em 19 de março, na aldeia de Jan al-Assal, na cidade de Aleppo. Mas Damasco insiste que a investigação se limite a esse incidente.
O uso confirmado de armas químicas poderia afetar a resposta internacional aos mais de dois anos de conflito que já matou mais de 70 mil pessoas, segundo a ONU. O governo dos EUA afirma que seu uso equivaleria a cruzar a "linha vermelha", mas também ainda está à procura de provas mais sólidas.

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