quarta-feira, 17 de abril de 2013

America Latina


RIO – A comparação internacional com base em fatores como crescimento econômico e inflação mostra o Brasil em situação desfavorável em relação a seus pares na América Latina e entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mesmo com realidades distintas, países como Colômbia, Peru e México devem crescer mais, com taxas de 4,1%, 6,3% e 3,4%, respectivamente.
Além disso, devem fechar o ano com níveis de inflação mais baixos, que variam entre 1,9%, no caso da Colômbia, e 4,3%, no México. O traço comum entre estes países é a adoção do sistema de metas de inflação, com metas mais baixas que as do Brasil.
México e Chile têm meta de 3% com tolerância de um ponto percentual para cima ou para baixo. A meta do Peru é de 2%, também com margem de um ponto.
No Brasil, a inflação superou, em março, o teto da meta em 12 meses, com alta de 6,59%. Especialistas apontam a inflação disseminada, a falta de produtividade e a baixa capacidade de atrair capital estrangeiro como fatores que explicam o baixo crescimento nos últimos dois anos.
— Não temos uma taxa de juros tão atrativa diante do risco de inflação e de regulação. Países como México, Colômbia e Peru têm condições mais favoráveis para receber investimentos — afirma o economista Jason Vieira, da consultoria Moneyou.
Especialista vê ‘excesso de intervenção’
A comparação com os Brics mostra um retrato ainda mais desfavorável. Enquanto o FMI estima crescimento de 3% para o Brasil, o fundo prevê alta de 8% para a China, com inflação de 2,1%, e uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,4% para a Rússia, com inflação de 7%.
Para Lia Valls, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o ambiente de negócios piorou no Brasil, com a falta de soluções para áreas como infraestrutura e transporte. Já o chefe de Pesquisa Econômica para Emergentes do Goldman Sachs, Alberto Ramos, avalia que a meta de inflação elevada — de 4,5% com margem de dois pontos — é por si só um componente que dá combustível à inflação alta. Para ele, as comparações desfavoráveis ao Brasil se devem ao excesso de intervenção no câmbio e à tolerância com a inflação:
— Tentou se proteger o crescimento esquecendo a inflação, mas hoje a inflação se tornou um dos maiores impedimentos para uma retomada maior da atividade.


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