quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A importância das artes na Educação Infantil

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Magia, descobertas, aventuras… Este artigo, que enfocará a importância das artes na Educação Infantil, espera contribuir para a aprendizagem e os experimentos e, principal, colaborar com o desenvolvimento físico, social-cognitivo, afetivo e cultural de nossas crianças.
A arte tem sido, tradicionalmente, uma parte importante nos programas da chamada primeira infância. O pedagogo alemão Friedrich Fröebel, considerado o “pai” do jardim de infância, foi o primeiro educador a enfatizar a importância do brinquedo e da atividade lúdica. Ele também disseminou o conceito de que as crianças deveriam criar as próprias expressões artísticas e apreciar a arte criada por outros.
No nosso país, temos a real convicção que a Educação Infantil necessita de mais profissionais que entendam a arte em suas diversas modalidades e variações como o início da escolarização da criança de maneira lúdica, criativa e envolvente, mas, sobretudo, intencional.
Quando trabalhada e estimulada desde a mais tenra idade, as crianças são capazes de na vida adulta tornar-se portadoras dos verdadeiros valores essenciais à vida. Assim, a arte tem a graça de possibilitar o desenvolvimento de atitudes como o senso crítico, a sensibilidade e a criatividade; além, é claro, de proporcionar à criança uma leitura do mundo e de si própria.
A arte e seus elementos estão presentes no dia-a-dia desses “pequenos” como, por exemplo, nas cores e figuras de uma parede, em um quadro, nas ruas, em casa, nos brinquedos, etc. As artes têm o poder de conduzir essas crianças a conhecerem suas limitações, dificuldades e possibilidades de desenvolver, explorar e conhecer suas reais potencialidades.
Cremos firmemente que a educação escolar deve dispor de meios organizados para, respeitando as características de todas as etapas do desenvolvimento infantil, chegar até a criança. Nós, professoras de Educação Infantil, devemos sempre utilizar muito as linguagens da arte no cotidiano da sala de aula e produzir trabalhos utilizando o desenho, a pintura, a modelagem, a colagem, a construção, entre outras, e desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.
Destacamos, para o bom entendimento de todos os leitores, que o trabalho com artes requer uma grande e vigilante atenção no que se refere ao respeito das peculiaridades próprias a cada faixa etária e seu nível de desenvolvimento. Ou seja, significa que o pensamento, a imaginação, a percepção, a intuição a sensibilidade e a cognição da criança devem ser trabalhados de forma integrada e visando favorecer o desenvolvimento das suas capacidades criativas.
Para exemplificarmos o que acabamos de escrever, citaremos e explicaremos apenas duas formas de arte – das inúmeras que existem – que imaginamos ser muito importantes para crianças de 0 a 4 anos de idade: colagem e pintura.
Para fazer colagem, primeiro é preciso trabalhar em duas fases: a coleta, na qual se escolhe o material a ser colado; e, segundo, a composição, na qual se escolhe o lugar apropriado para colar os papeis ou objetos, procurando sempre compor harmonicamente as formas entre si.
Os trabalhos iniciais de pintura devem desenvolver a sensibilização da criança com a tinta e, para isso, podemos dispensar em alguns casos os pinceis e outros instrumentos e usar algumas partes do corpo como, por exemplo, as mãos ou os pés.
Claro que a criação é e será sempre exclusividade única das crianças, mas cabe ao professor “alimentar” esse percurso de forma intencional, oferecendo propostas e experiências variadas e traçando uma rota de construção individual que envolva escolhas, experiências, aprendizagens e relação com os materiais trabalhados.
O desenvolvimento artístico de uma criança jamais pode ser comparado com o de outra; cada uma tem seu tempo, e não cabe a nós, professoras, interferir nessa particular evolução.  Em função de a criança ser constantemente movida por meio de estímulos, devemos oferecer-lhe ferramentas encorajadoras desse processo, mas sem interferência na sua expressão artística.
Dessa forma, se envolvermos a criança num contexto social e conseguirmos organizar as ideias para que esta invente, crie e construa, acreditamos que a linguagem da arte se fará presente na Educação Infantil, ajudando a criança fazer por si só as várias leituras de mundo.
Salientamos que o objetivo da arte na Educação Infantil não é, de modo algum, a formação de futuros artistas; mas, sim, o enriquecimento da criança e seu nível cultural, que a levará a um desenvolvimento no seu todo humano.
Temos em nossa mente que a ausência de uma educação com horizontes artísticos deixa de lado o que proporciona prazer e alegria às crianças; todas as artes ajudam a construir o conhecimento e o saber deste indivíduo em permanente crescimento.
A arte, em todas as suas nuances, é um importante instrumento do desenvolvimento integral das crianças, que, ressaltamos, atingirá também o seu nível cultural e servirá de alicerce para uma vida estudantil plena e realizada.
Nós, educadores, temos sempre que utilizar os recursos disponíveis – e imaginar outros – para que a arte na escola não fique reduzida às atividades de coordenação motora, decorativa e/ou um mero passatempo.
Finalizando este artigo, gostaríamos de ressaltar que as artes fazem parte do cotidiano das crianças, e, quando bem empregadas, auxiliam no seu processo de ensino-aprendizagem. Apoio a práticas pedagógicas e agregar valores à educação são outros pontos que destacamos nesta caminhada educacional para que os nossos “pequenos” se reconheçam como construtores e participantes dos seus próprios saberes e suas próprias aprendizagens tão importantes na formação de cada ser humano.

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