sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Indústria brasileira


Uso da capacidade instalada na indústria brasileira cai a 82,2% em julho--CNI

A indústria brasileira iniciou o terceiro trimestre em queda, com resultado negativo em julho na maioria dos indicadores do setor em um reflexo da dificuldade do parque fabril brasileiro em engatar uma recuperação mais vigorosa.
Em julho, a utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 82,2 por cento, segundo dados dessazonalizados, pouco abaixo dos 82,3 por cento de junho segundo número revisado, informou nesta quarta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O faturamento real dessazonalizado da indústria caiu 1,5 por cento frente a junho, após alta de 0,7 por cento no mês anterior, exibindo no ano um comportamento errático.
Também num dado negativo, as horas trabalhadas na produção caíram 1,7 por cento em julho na comparação com o mês anterior, enquanto o emprego avançou apenas 0,3 por cento. A massa salarial mostrou ligeira alta de 0,4 por cento e o rendimento médio teve recuo de 0,1 por cento.
O setor industrial segue em trajetória volátil, mesclando expansão e desaceleração e sem sinais firmes de um crescimento contínuo.
"Entretanto, observa-se crescimento na comparação com o ano anterior, sinalizando um resultado melhor para a indústria de transformação que no ano anterior", relata documento apresentado pela entidade.
No acumulado do ano até julho, em comparação a igual período de 2012, os indicadores do setor industrial mostram altas de 5,2 por cento para o faturamento real, de 0,2 por cento para as horas trabalhadas, de 0,5 por cento no emprego, de 1,8 por cento na massa salarial real e de 1,3 por cento no rendimento real.
Em julho, a produção industrial caiu 2 por cento frente a junho, pressionada pelo desempenho ruim no segmento de bens de capital, indicando que a economia brasileira iniciou o terceiro trimestre com fraqueza após o surpreendente alta de 1,5 por cento do PIB nos três meses anteriores.

A CNI projeta para este ano alta de 2,6 por cento do PIB industrial, em uma estimativa que pode ser rebaixada diante da forte volatilidade dos indicadores industriais e da dificuldade do setor fabril em engregar uma recuperação sólida.

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