terça-feira, 7 de maio de 2013

Artes- Bernardo Paz


O imperador de Inhotim

Como Bernardo Paz, empresário da mineração, montou um instituto
de arte tão pitoresco quanto espetacular em um lugarejo mineiro.

Em 2006, o mineiro Bernardo Paz recebeu um especialista em plantas na sua fazenda em Brumadinho, cidade de 34 000 habitantes a 60 quilômetros de Belo Horizonte. Paz havia acabado de transformar seus 97 hectares em uma mescla de jardim botânico e museu devotado à arte contemporânea – o Instituto Cultural Inhotim. Só que, ao se gabar das palmeiras, ouviu uma crítica do engenheiro agrônomo Harri Lorenzi. "Eu o adverti: ‘Meu amigo, essa sua coleção não tem nada de extraordinário. Faltam centenas de espécies nativas’", conta Lorenzi. De imediato, diante do convidado, Paz repreendeu o responsável pelo jardim (que logo seria demitido). Ao retornar ao local, no ano passado, Lorenzi se assombrou: "Até onde sei, ele montou a maior coleção de palmeiras do mundo, com mais de 1 000 espécies". O episódio resume o homem e sua obra. Na aparência, Paz – que cultiva uma juba branca à la Oswaldo Montenegro e recebe os visitantes descalço – é todo zen. Por trás da estampa riponga, contudo, há um leão obcecado em tornar cada vez mais grandiosa aquela que vê como a "obra de uma vida".


Bernardo Paz é um empresário mineiro que idealizou o Instituto Inhotim. O complexo museológico recebe milhares de visitantes por mês, mantém um acervo de 500 obras valiosas e é o maior jardim botânico do país. 

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